Deambulações de um SUSPEITO Português, nestes novos COSTUMEs Magyares

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

LACI & FIONA

Desde que cheguei cá e de todas as pessoas que tenho conhecido, para já só duas posso considerá-las minhas amigas: o Laci e a Fiona. O Laci, é um rapaz pseudo-romeno da Transilvânia (pseudo-romeno porque a Transilvânia até à 2ºGM, fazia parte da Hungria e por isso toda a família dele é húngara e ele sente-se húngaro) . É Engenheiro Florestal e trabalha na WWF, na gestão das Florestas da Hungria. A Fiona é escocesa e está cá em Budapeste a fazer um doutoramento em Ecologia Social (daí a ligação de ambos).
A forma como acabámos por nos cruzarmos foi um tudo ou nada curiosa. Quando comecei a preparar a minha vinda, mandei um email para pessoas que também passaram por aqui no âmbito do mesmo programa do ICEP em que estou integrado, no intuito de pedir possíveis contactos e informações sobre a cidade. Numa das respostas a este email vinha referido o nome do Laci e o respectivo contacto electrónico. Obviamente, tratei logo de lhe escrever, para ver se ele me podia ajudar a encontrar casa. Curiosamente, acabou por ser ele a direccionar-me para um site onde "vislumbrei" o meu apartamento pela primeira vez.
Após 3 dias de estar cá, recebi um segundo email dele a perguntar se eu já tinha chegado, e a disponibilizar-me o número de telemóvel dele. Como eram os primeiros dias e eu andava realmente perdido, aproveitei essa oportunidade e liguei-lhe. Mais uma vez foi extraordinariamente solícito. Combinámos logo no dia seguinte encontrarmo-nos, porque ele me queria mostrar alguns anúncios de andares.
Lá nos encontrámos na Universidade em que a Fiona estuda (http://www.ceu.hu/ – esta Univ. foi criada pelo George Soros, um húngaro que fez fortuna nos EUA) e passado meia-hora estava a convidar-me para ir jantar a casa dele. Se para nós Portugueses isto já é um gesto especial, acreditem que aqui o é ainda mais.
O caricato de toda esta história, chega agora… Às 20h30, chego eu a casa deles, sento-me no sofá com o Laci e olha para mim e pergunta: “How the hell did you get my contact?”. Fiquei completamente atrapalhado com a pergunta, pois no primeiro email tinha-lhe dito que tinha sido um Filipe Guerra que mo tinha dado, e foi isso mesmo que lhe repeti. Bom, o Laci não fazia ideia de quem o Filipe pudesse ser, e eu não o pude ajudar pois também não faço a menor ideia!!! Claro que toda esta história acaba com nós os três às gargalhadas, agarrados a uma garrafa de Palinca e “close friends forever”...
Sziasztok